sexta-feira

ENQUANTO O AMOR NÃO VEM


ENQUANTO O AMOR NÃO VEM
Iyanla Vanzant


Uma seleção das melhores frases feita por Tom R. especialmente para o blog MAIS DE MIL FRASES DE EFEITO.
Se reproduzir este texto em algum outro veículo de comunicação, preserve os créditos acima.


Agradecimentos
Oh, Deus! Como és bom! Tu me guiaste por um caminho muito, muito
longo. Sou extremamente grata por isso! Também sou grata pelos anjos
visíveis e invisíveis que mandaste para me guiarem, protegerem, encorajarem
e apoiarem.

E gostaria de agradecer humildemente ao meu Eu por estar disposto
a enfrentar o medo, a negação, a confusão e a raiva que foram exigidas para
que eu pudesse descobrir por que tinha que escrever este livro.

Começa A Jornada
Haverá um momento em sua vida em que o amor vai chegar. Antes disso, você terá feito tudo o que podia, tentado tudo o que podia, sofrido o quanto podia e desistido muitas vezes. Mas com a mesma certeza com que você está lendo esta página, posso lhe garantir que esse dia virá. Nesse meio tempo,este livro vai lhe contar muitas histórias e lhe ensinar algumas coisas que você pode fazer para se preparar para o dia mais feliz de sua vida: o dia em que experimentar o amor verdadeiro.

O que você faz enquanto o amor não vem?

O amor é uma coisa engraçada. Ele nos encontra nas circunstâncias mais incomuns, no momento mais improvável. O amor cai de surpresa em cima de você, joga os braços em sua volta e transforma toda a sua existência. Infelizmente, a maioria de nós não reconhece a experiência ou entende o impacto quando está acontecendo. Talvez porque o amor raramente surja nos lugares em que esperamos ou tenha a aparência que imaginamos.

Com dezesseis anos, pensei que realmente havia encontrado o amor.
Em vez disso, fiquei grávida e fui deixada sozinha para cuidar de uma
criança. Com dezenove, eu sabia que havia encontrado o amor, portanto
casei-me com ele. Errada de novo! Aos vinte e um, o amor me telefonou, saiu
comigo três vezes e se mudou para a minha casa. Foi aí que houve um salto
no meu aprendizado. Durante esse processo as coisas foram se tornando
muito, muito claras. Ficou claro que tudo o que eu pensava sobre o amor
não tinha nada a ver com ele. Percebi que não conseguia reconhecer o amor
porque, na realidade, nunca o havia visto. É claro que eu tinha uma imagem
na cabeça, mas ela não servia mais. Também descobri que o amor é mais do
que um sentimento bom. É mais do que se sentir necessário ou ter suas
carências preenchidas. Levei trinta anos para perceber que o amor é uma
experiência pessoal e interior de bem-estar total que não combinava com
nenhuma das imagens que eu conhecera até então.

Quando eu estava com meu amor dos treze anos, sentia como se pudesse voar! O erro foi acreditar que era ele que me fazia voar. Depois de muitas aterrissagens forçadas, percebi que voar era uma coisa que eu fazia sozinha, dentro de mim, quando era capaz de relaxar. Isso mesmo, relaxar!
Soltar todos os medos, feridas, decisões, julgamentos e conclusões provocados pela raiva e pelos ressentimentos. Soltar as exigências, expectativas e fantasias. O amor, descobri, é ficar quieta o suficiente para
sentir o que se passa dentro de você e então aprender a reconhecer e aceitar
o que está sentindo.

Na presença dele, eu ficava bem. Infelizmente, eu achava que era ele que me fazia sentir bem. Passei quinze anos tentando encontrar alguém que conseguisse fazer comigo a mesma coisa que ele — tornar boa tanto a vida
quanto eu mesma. Foi só quando percebi que tudo ficava bem quando eu
gostava de ser do jeito que era que as coisas melhoraram e se tornaram muito mais fáceis.

É isso o que normalmente acontece no processo de aprendizagem.
Nele você terá uma série de experiências que podem ser dolorosas e
avassaladoras, mas que acontecem para ajudar você a eliminar as falsas
necessidades e tudo o que nos atrapalha no caminho em busca do amor.

Livrar-se das coisas antigas é um trabalho pesado. É como a grande faxina,
quando você tem que esvaziar os armários, organizar a bagunça, jogar coisas
fora e arrumar a casa toda. No processo de aprendizagem, limpar, eliminar e
descartar podem parecer desonestidade, infidelidade e traição às nossas
coisas antigas. Não são! O que nos impede de ter uma experiência amorosa
verdadeira e honesta são todas essas coisas às quais nos agarramos.

A verdade é que o amor está dentro de você e que nenhum relacionamento com alguém pode desenterrá-lo e ativá-lo na sua vida. É você quem, primeiro, tem que tomar posse dele. Esta é a verdade que eu levei dez anos para descobrir.

Nas diversas experiências que vivi durante meu processo de aprendizagem, eu tive o que, um dia, considerei relacionamentos problemáticos e desastrosos. O que percebo agora é que cada experiência me ensinou um pouco mais a respeito de mim mesma. Veja, existem estágios e níveis no processo. Você aprende um pouco e usa o que aprendeu, mas sempre existe mais para aprender. Você descobre uma coisa e começa a praticar, mas, depois de algum tempo, vai perceber que o que está fazendo não funciona mais. Essa é a beleza do processo. Ele não nos deixa estagnar.Ele nos força a crescer, e crescer um pouco mais. Porém, para crescer, temos que trabalhar. E é esse trabalho que precisamos realizar em nós mesmos para chegar ao amor que torna o processo tão desafiante.

Nada nos faz aprender mais a respeito de nós mesmos e da vida do
que os relacionamentos. Falo por mim: aprendi a ser muito grata a meus
professores/amantes/parceiros pelas lições que me ensinaram a respeito do
medo, da raiva e da carência que eram freqüentemente camuflados como
amor. Quando aprendi minhas lições e comecei a aplicá-las, minha vida
mudou completamente de direção. Não precisava mais fazer coisas para
provar que eu era digna de ser amada. Não tinha mais medo de pedir o que
queria por pavor de não conseguir. Não ficava mais com raiva quando as
coisas não saíam do meu jeito. Mais importante ainda, não ficava com raiva
com o que eu não conseguia ou não tinha em um relacionamento. Durante o
processo, aprendi como cuidar dos meus próprios problemas. O problema de
amar a mim mesma e de ficar emocionada comigo. Aprendi a voar sozinha.

Fomos educados para alcançar resultados e não para valorizar os processos, esses meios-tempos indispensáveis para irmos construindo a auto-estima e a liberdade necessárias para fazermos as escolhas capazes de nos trazer felicidade. O meio-tempo é o espaço de aprendizagem em nossas vidas, quando as experiências — quaisquer que sejam — não são objeto de julgamento, mas oportunidades para aprendermos.

Tudo na vida se relaciona com o amor. O amor é o único significado real da vida. Estar vivo significa que ocupamos a casa do amor e devemos seguir suas regras. Nem a vida nem o amor exigem que as pessoas desistam de sua dignidade, auto-estima, objetivos de trabalho, programa favorito de televisão ou bom-senso. Por algum motivo, nem sempre entendemos isso direito. Acreditamos que é preciso desistir de algo para conseguir outra coisa. Acreditamos nisso especialmente em relação ao amor. Não entendemos que o amor é crescimento, é realização de potencial — ser mais quem você é, fazer melhor o que faz, acreditar com mais convicção e tomar mais posse do que tem. Infelizmente, achamos que podemos nos unir a outras pessoas antes de nos unirmos a nós mesmos. Isso é absolutamente impossível. Você não irá receber amor de fora enquanto não for amor por dentro.

Entramos em um relacionamento procurando o amor, sem perceber que já temos que trazer o amor conosco. Temos que saber quem somos, o que queremos, o que valemos. Temos que levar para o relacionamento entusiasmo e respeito por nós mesmos e por nossas vidas. Se conseguirmos fazer isso
razoavelmente, poderemos entrar nos relacionamentos dispostos a compartilhar o que possuímos, em vez de temer que alguém nos roube.
Compartilhar com alegria, respeito e entusiasmo. É disso que é feito o amor.
Quando trazemos essas coisas para um relacionamento, o amor se torna um
grande multiplicador e intensifica a experiência da vida. Quando ainda não
temos essas coisas, a procura pelo amor nos faz passar por experiências que
precisamos ter para descobrir o que é verdadeiro em relação ao amor, e o
que não é. Esse processo de descoberta é o que eu chamo de meio-tempo.
Entramos nos relacionamentos procurando pelo amor, esperando que alguém nos ame ou nos aceite amorosamente. Isso acontece porque todos nascemos para expressar e receber amor. Queremos tanto receber amor e aceitação que às vezes somos capazes de fazer qualquer coisa para consegui-los.

O importante é resistir à tentação e à armadilha de pensar que todo relacionamento tem que ser o relacionamento que dura para todo o sempre, amém. Lembre-se de que estamos sendo preparados para algo melhor ou protegidos de algo pior.

Existem grandes possibilidades de que a maioria de nós irá passar a vida tendo uma experiência de relacionamento depois da outra — algumas agradáveis, outras não — sem nos darmos conta de que estamos presos ao seguinte padrão: relacionar-se e ser magoado, ser magoado e recuar.

Quando estamos no útero, ficamos mergulhados na energia que se torna o alicerce de nossa identidade. Algumas pessoas ficam imersas em cuidados, atenção e uma alegria amorosa. Eu fiquei mergulhada em uma atmosfera interna e externa entremeada de medo, confusão, culpa, desonestidade e doença. Isso deixou marcas em minha personalidade. Meus primeiros relacionamentos eram estranhamente parecidos com o tipo de disfunção que meus pais demonstravam. Meu primeiro amor era emocionalmente comprometido. Meu primeiro casamento foi uma experiência de abuso verbal e físico. Como é que alguém que você ama pode causar tanto sofrimento? Como é que você pode desistir de alguém que ama tão profundamente? Provavelmente essas eram as perguntas da minha mãe, e estavam entre as primeiras perguntas que fiz, de uma forma muito agressiva, a respeito do amor e dos relacionamentos.

Você pode não conhecer as condições exatas de seu nascimento, ou pode ser que elas não tenham sido tão dramáticas quanto as minhas. Porém, permanece o fato de que você aprendeu e experimentou coisas no útero, e
provavelmente continuou com o mesmo padrão de comportamento em sua vida.

Um amigo meu, Ken Kizer, que me ajudou a entender o impacto da forma do nascimento, contou-me que foi retirado a fórceps. É claro que isso foi feito com preocupação e amor, mas ele percebeu que o impacto foi profundo. Ele verificou que, durante a maior parte de sua vida, entrava em projetos e relacionamentos com grande entusiasmo, mas no meio do caminho ele se cansava. Parava. Simplesmente não conseguia encontrar forças para terminar o que havia começado. Como resultado de seu padrão de nascimento, tomou uma atitude passiva diante da vida. Tenho certeza de que todos conhecemos alguém que tem que ser arrastado, quicando e berrando, para dentro de um relacionamento. Depois, quando as coisas parecem estar indo bem, a pessoa sai fora. Isso às vezes é chamado de medo do compromisso. É uma demonstração de comportamento passivo, resultado de um padrão de nascimento.

Entretanto, quando você está aprendendo sobre o amor-próprio e o amor incondicional dos outros, o objetivo é destruir o padrão de nascimento. Você percebe que o que vem fazendo em seus relacionamentos não funciona e que cabe a você desaprender o que aprendeu para criar um novo modelo de amor baseado em novas informações.

Gail soube no momento em que o viu. Paul também soube, mas, segundo consta, tinham que agir como se não soubessem. Tinham que cumprir as seguintes etapas: se conhecer, ver se gostavam um do outro, ver o que tinham em comum. Tinham que "ir devagar". A mãe de Paul disse: "Assegure-se do que vai fazer." A mãe de Gail avisou: "Não tenha tanta pressa!" O roteiro de Gail estava escrito. "E se eu estiver errado?", gritou o ego de Paul. Resumindo, ambos sabiam que o amor estava no ar, passando o braço em volta deles, mas suas cabeças estavam cheias das cautelas e precauções de amigos e parentes bem-intencionados e do resto do mundo que lhes aconselhavam o que fazer e não fazer. O que os outros diziam estava tendo um impacto muito maior do que o que eles sentiam e sabiam por dentro.

Certa vez ouvi a história de um garotinho que perguntou ao pastor de sua igreja: "Se todos nós viemos de Deus e ele quer que encontremos o caminho de volta para Ele, por que simplesmente não nos deixou ficar lá?" Saído da boca das crianças! Se viemos do amor de Deus, por que não podemos simplesmente ficar por lá? Qual é o propósito de nascer, esquecer de onde viemos, apenas para descobrir o caminho e poder voltar? Eu me fiz essa pergunta pelo menos um milhão de vezes. A resposta, pelo menos a melhor que eu consegui, é que a viagem pela vida nos ajuda a redescobrir e lembrar como é a casa. A vida é nossa casa. Em casa nos é permitido explorar e examinar a arquitetura de cima a baixo, por dentro e por fora. A exploração é chamada viver. O propósito dessa exploração é aprender a ficar firme em cima do alicerce da vida. O alicerce da vida é lembrar e experimentar o amor puro e incondicional.

Os relacionamentos são os guias turísticos que nos levam pelos vários andares da casa. São como quartos, cada um ligeiramente diferente dos outros, oferecendo um pouco mais ou um pouco menos do que queremos ou precisamos para lembrar. Os relacionamentos também nos dão a oportunidade de escolher e decidir onde gostaríamos de dormir e como queremos ser tratados durante a viagem exploratória pela vida. Para sermos ajudados pelo caminho, recebemos um mapa dentro de uma maletinha minúscula chamada coração. O mapa contém a planta de nossa verdadeira casa e é cheio de indicações que nos levam à verdade sobre o amor. Junto com o mapa recebemos uma bússola. É chamada de mente. O propósito da mente é nos ajudar a usar o mapa. De alguma maneira, ficamos confusos enquanto andamos pelos quartos da casa. Deixamos que a bússola — cheia de pensamentos, crenças, juízos e, é claro, percepções-padrão a respeito da
casa — assuma sozinha o papel de guia. Enquanto tentamos ler a bússola,
abandonamos a maletinha no canto de um dos quartos e nos arrastamos
para cima e para baixo, procurando descobrir a direção certa. Usar a bússola sem o mapa nos leva a tropeçar em calombos obscuros no carpete, a entrar em rachaduras assustadoras na parede, em quartos que estão sendo reformados e em espaços escuros e vazios.
De tempos em tempos, constatamos que estamos perdidos. Percebemos que o que estamos pensando e fazendo não está nos levando para onde queremos estar — o sótão. É nesse momento que paramos para verificar se a bússola está funcionando direito. A maioria de nós só analisa o que está pensando quando cai dentro de um buraco ou esbarra num monte de lixo. É também nesse momento que nos lembramos da maleta, do coração que estamos agora ignorando, que nos deu o primeiro alerta. Foi o coração, que temos medo de escutar, que nos ajudou a encontrar o caminho através das viradas e das esquinas da casa. Mesmo quando temos coragem para ouvir e confiar no coração, agimos como se seu papel fosse apenas secundário. Prestamos pouca atenção nele porque as pessoas que fizeram a viagem antes de nós disseram: "Nunca, em nenhuma circunstância, confie em seu coração!" Ao tentarmos fazer com que a bússola funcione e nos dê uma indicação precisa, continuamos a explorar, procurar e investigar a casa, sem encontrar o tesouro enterrado lá dentro.

Quando você desiste de alguma coisa, tem que substituí-la por outra. Para substituir o que você liberou, tem que abrir-se para receber.

Compartilhar o que aprendeu e ajudar os outros é uma ótima fonte de
renovação.

Um dia, quando você não estiver esperando, verá a luz! Irá ouvir as palavras e experimentar o esplendor de morar no terceiro andar da casa da vida. Sentirá paixão por si e pela vida. Você conseguiu! Ainda que a cura não seja completa, sabe o que fazer, como fazê-lo e por que é necessário manter o amor no centro de tudo. Começará a ensinar a outras pessoas o que aprendeu, compartilhando suas histórias pessoais sem medo do que possam pensar de você. Falará de suas experiências amorosas positivas e negativas sem sentir dor ou raiva. Saberá, no fundo da alma, que, enquanto estava aprendendo, lembrando e recriando suas idéias a respeito do amor, o amor estava ao seu lado, ouvindo e observando. Quando entender isso, quando realmente entender que o amor sempre foi e sempre será a única coisa da qual precisa, irá se sentir completamente em casa no terceiro andar. O trabalho ainda não terminou, mas agora você é capaz de fazer muito mais e muito mais rapidamente.

Para mudar sua consciência e atingir a paz do amor incondicional, só existe um meio: criar novas expectativas amorosas baseadas na honra, no respeito e no apoio. Honre o que você sente, acreditando que pode ter o que deseja. Respeite o ponto em que você está na vida, entendendo que irá progredir quando tiver completado a etapa. Apóie-se, ao se recusar a aceitar menos do que deseja. Esta é a sua base — o que você faz e como se trata. Para estabelecê-la, você deve criar reações novas para os desafios da vida, baseadas no amor. Procure sempre fazer suas escolhas da forma que mais
respeite seu amor-próprio.

Os ingredientes apropriados devem estar presentes no início de um relacionamento. Caso contrário, acrescentar mais coisas depois pode piorar
tudo. Se quer saber o final, olhe para o começo! Raramente funciona acrescentar um bebê a um relacionamento ruim, ou mudar para outro
bairro. Ganhar mais dinheiro não reconcilia relacionamentos irreconciliáveis.
Comprar uma casa nova melhora muito pouco a comunicação. Quando os
problemas se encontram na raiz do relacionamento, acrescentar alguma
coisa é como colocar um band-aid em um câncer. Pode até dar a impressão
de que as coisas estão melhores, mas um band-aid não cura um câncer!

Quando o bebê morreu, Jack ficou arrasado. Tinha esperança de que a criança melhorasse o relacionamento, dando-lhes um interesse em comum. Jack queria saber por que seu bebê tinha que morrer assim. Helen sabia. Ela não queria ter o filho de Jack. Queria ter filhos com Bob. Estava convencida de que o casamento dele havia eliminado essa possibilidade, e tinha certeza de que havia matado a criança em seu útero. Jack e Helen tinham que se apoiar um no outro para sobreviver. Foi aí que confundiram necessidade com amor e, por não se comprometerem com uma relação honesta, ficaram tão confusos que acharam que podiam fazer o casamento funcionar.

O amor não machuca! Ele cura! O que machuca é o que fazemos ou deixamos de fazer em nome do que pensamos ser o amor.
Essas ações, ou a falta delas, são a origem dos tipos de comportamento passivo/agressivo que nos enlouquecem! E sabe do que mais? Esses comportamentos não têm nada a ver com o amor!

O processo de cura que nos leva à experiência definitiva do amor incondicional e do amor-próprio funciona mesmo que não estejamos envolvidos em um relacionamento íntimo. Vale a pena parar e fazer uma avaliação. Isso nos ajuda a saber se estamos passando por uma experiência em busca da cura ou simplesmente reagindo à influência de uma emoção tóxica. Precisamos saber a razão do que estamos fazendo para podermos começar a limpar a casa, removendo as bugigangas, destroços e lixo de nosso armário mental e emocional. "Não posso viver sem você, meu amor!" é uma bugiganga. "Deve haver algo errado comigo!" e "Deve haver algo errado com você!" é lixo completo. Noventa e nove por cento do que achamos que está acontecendo só existe em nossa imaginação!

Queremos ficar bem, e achamos que precisamos de alguém para nos ajudar. Por isso, nos atiramos em um relacionamento atrás do outro. Mas o amor tem prioridades diferentes. O amor quer que fiquemos curados! Ele nos força a limpar, varrer e colocar para fora o lixo das dores, vergonhas e confusões passadas. Nossos relacionamentos sucessivos fazem parte do processo de cura e limpeza do amor porque servem como espelhos que refletem nossos problemas e nos ajudam a resolvê-los. E claro que não temos consciência disso. Então, nesse meio-tempo, enquanto o amor está tentando nos curar, tentamos nos esconder debaixo do tapete.

Só poderemos ter um relacionamento honesto, honrado ou amoroso com nós mesmos ou com qualquer outra pessoa quando nos livrarmos das nossas questões de sobrevivência. Quando achamos que a outra pessoa é dona de um poder ou de alguma coisa essencial para a nossa sobrevivência, temos medo de dizer a verdade ou de expressar nossas emoções. Nosso amor-próprio e auto-estima ficam diminuídos, e negamos as reações e instintos normais da mente e do corpo. Quando acreditamos que temos que dar pedaços de nós mesmos para que não nos machuquem e possamos sobreviver, estamos tendo uma experiência de meio-tempo no porão da casa
da vida. Morar aqui nos transforma em vítimas.

No porão, temos pena de nós mesmos, ou fazemos beicinho e batemos o pé no chão. Queremos resolver o problema, mas a sensação é de termos perdido as rédeas de nossa própria vida. Outra pessoa está no comando.
Quando moramos no porão, choramos, reclamando de tudo. Só conseguimos ver as "coisas ruins" que aconteceriam se tentássemos mudar nossa situação. No que diz respeito aos relacionamentos, desistimos ou nos convencemos de que um pouco de relacionamento é melhor do que nada.Temos de pegar o que conseguirmos.

Algum dia você vai descobrir que o que estava pensando não funciona, que você estava apenas reagindo, se escondendo, tentando sobreviver. Lentamente, você vai descobrir que é possível viver melhor. Vai querer mudar suas condições de vida. A chave para isso é perceber que o seu objetivo não é mais sobreviver. Que você sobreviveu e que agora quer crescer. Florescer.

O que está na nossa alma irá determinar as circunstâncias e experiências da nossa vida. Ou essas experiências irão curar-nos ou aleijarão nossa alma. Quando o amor e a disposição de mudança são acrescentadas à equação da vida, iremos, apesar de todas as escolhas e decisões erradas, ficar curados.

Você é o amor que procura. Você é a companhia que deseja. Você é seu próprio complemento, sua própria integridade. Você é seu melhor amigo, seu confidente. "Você é", como a poetisa Audre Lourdes escreveu, "a pessoa por quem está procurando." Você é a única pessoa que pode fazer por você o que espera que outra pessoa faça. Se não se sentir bem com quem você é e com o que tem, como pode esperar receber coisa diferente?

Amor-próprio significa gastar um tempo para sorrir, ouvir e abraçar-se carinhosamente. Se não passarmos algum tempo fazendo isso, aquilo que procuramos e esperamos conseguir nos relacionamentos continuará a escapar de nós.

As pessoas lhe darão coisas, oportunidades, recursos, seu tempo e energia, em resposta à quantidade de amor que você dá aos outros. Isso pode tornar o ato de receber um desafio, pois você tem que acreditar que merece o que recebe.

Depois de tudo o que você passou, viveu e cresceu, o trabalho deveria parecer mais fácil. Na casa do amor não é assim. A verdade é que poucos alcançam o topo, porque o trabalho se torna progressivamente mais difícil. Os melhores alunos sempre ganham as provas mais difíceis. Veja bem, o amor não foi feito para brincar. Até agora, é isso que muitos de nós vêm fazendo. Brincamos com o amor e de ser amáveis. Porém, chega um dia em que você tem que pagar para ver! Você diz que quer usufruir dos benefícios da auto-aceitação total. Você acha que quer a bênção de um relacionamento amoroso e comprometido. Você acha que pode viver concretamente o verdadeiro significado do amor incondicional. Bem, prove!

Quando eu morava no primeiro andar da casa do amor, ainda estava preocupada com o amor físico e com a satisfação. Continuava a me perguntar por que eu não era bonita, por que eu não era desejável e por que não conseguia encontrar alguém que me amasse. Queria que alguém me tratasse de maneira especial e me fizesse sentir especial. Na falta de um relacionamento amoroso significativo, eu tocava a vida, me sentindo incompleta e imprestável. Claro que eu não dizia isso. Não podia dizer nada, porque estava fazendo muito esforço para me convencer de que eu era legal e
atraente. Mas havia um pequeno problema: eu não acreditava nisso! De alguma forma, eu me achava uma pessoa estragada. Não vou culpar minha
infância, apesar de ter certeza de que ela contribuiu um bocado para eu me
sentir assim. Meus pais nunca haviam demonstrado afeto verdadeiro um pelo outro e raramente mostravam seu afeto por mim. Mais uma vez, eu tinha que descobrir as coisas sozinha. Devo admitir que não fui muito longe nesse processo.
Já falei que eu era gordinha? Quando eu morava no porão, tentava fugir da infelicidade e da tristeza comendo. Queria parar de comer, mas quem disse que eu conseguia? Comer era a minha desculpa. Era a desculpa que eu dava para mim mesma para as pessoas não me amarem. Já que não podia descobrir o motivo, decidi criar o meu próprio. Decidi que, se fosse gorda, as pessoas teriam um motivo para me tratarem mal. Disse a mim mesma que as pessoas gordas não mereciam ser amadas. Preste atenção, eu não disse nada disso em voz alta, apenas descobri isso na minha própria cabeça e agi inconscientemente. A mente pode ser um terrível desperdício!
Ser gorda não ajudava em nada, mas me dava uma desculpa viável. Porém,
mesmo com essa explicação, continuei a me fazer perguntas. Continuei fazendo perguntas a Deus. Não achava que estava recebendo alguma
resposta, mas desde então aprendi que a resposta está dentro da pergunta.

Você deve escutar o que as pessoas fazem, não o que dizem. As pessoas sempre demonstram suas intenções e suas expectativas através de seus atos. Podem jurar pela própria vida que irão fazer isso ou aquilo, mas fazer continua sendo o que realmente importa, e não as palavras de juramento.

Se você não se ama o suficiente para manter sua integridade, se não tem uma noção sólida de auto-estima e amor-próprio, vai ser difícil amar outras pessoas. Pode precisar delas ou querê-las, o que significa que na verdade você está sendo co-dependente; provavelmente trata-se mais de uma troca de carências, o que raramente dura ou funciona.

Quando esquecemos que Deus nos ama, saímos à procura de um amante humano que preencha nossa necessidade de sermos amados.

Curar qualquer coisa leva tempo. Se você corta o braço e sangra, você pode tratar dele, cobri-lo, colocar um band-aid para evitar infecção, mas sabe que o ferimento precisa de tempo para cicatrizar. Durante os próximos dias, talvez até mesmo semanas, você deverá tratar o braço com muito cuidado, enquanto a ferida está cicatrizando. Você está esperando que uma nova camada de pele cresça. Nossos relacionamentos precisam do mesmo tempo de cicatrização, pois trazemos feridas para o relacionamento. Quando não temos paciência, estamos fadados a enfiar o dedo na ferida ou arrancar o band-aid cedo demais, querendo um conserto imediato. Esquecemos de que há um processo envolvido em qualquer cicatrização.

Em todos os relacionamentos, sejam bons ou ruins, chega uma hora em que os parceiros precisam se afastar para poderem se curar. Infelizmente, o medo da perda nos impede de tirar férias por alguns dias ou algumas horas, para começar o processo de cura, cada um para um canto, de tal maneira que possamos voltar e tratar juntos dos ferimentos. Quando os parceiros não se afastam para cicatrizarem sozinhos, aumentam as possibilidades de criarem todo o caos e confusão que procuram tanto evitar. Não é o relacionamento em si, são as feridas que trazemos e nas quais continuamos a mexer porque não tiramos um tempo para dar início à cura. É o amor-próprio que nos tornará
capazes de nos darmos um espaço para cicatrizar, sem medo.

Temos que saber como nos amar, estejamos ou não em um relacionamento. Se não existe amor-próprio, não teremos escolha a não ser fazer as coisas idiotas e infernais que nos enlouquecem nos relacionamentos.

Pode ser muito difícil tomar uma decisão que você sabe que tem que tomar quando você não se ama. Quando existe uma falta de amor-próprio, uma falta de respeito, de autoconfiança, você hesita antes de decidir se irá se submeter a um processo de cura ou se pode viver doente mais um pouco. Se você realmente se odeia, irá mentir, dizendo para si: "Na verdade, não é tão ruim assim!" É aí que a coceira vai começar. Entretanto, se tiver disposição para trabalhar, determinando que finalmente pode encarar a verdade, instantaneamente assumirá a responsabilidade pelas prioridades que estabeleceu e agirá de acordo. Irá respirar fundo, empinará seu peito ferido e usará o único detergente espiritual que pode ajudar a iniciar o processo de cura: a renúncia. No segundo andar, renunciar não é se render: é desistir das coisas que não estão funcionando.

Uma experiência de meio-tempo com disposição de mudança é a experiência
das pessoas que vivem o meio-tempo querendo realizar o trabalho. O trabalho exigido para estabelecer um relacionamento melhor com elas mesmas. Um meio-tempo com disposição significa reconhecer que não estamos sozinhos, mas que estamos com nós mesmos e que não nos importamos em nos fazer companhia. Encontrar alguém, apaixonar-se, ter um relacionamento — não é isso o que nos motiva nesse momento.
Continuamos muito interessados nessas coisas, só que não agora. Agora,
queremos dar um jeito em nós mesmos. Queremos perder um pouco de peso,
peso físico e emocional. Queremos ficar em forma, mental e espiritualmente.
Queremos tratar de alguns assuntos inacabados, assuntos de cura,
assuntos de crescimento, e reconhecer o meio-tempo como uma excelente
oportunidade para tratar desses nossos assuntos.

É disso que trata a renúncia: simplesmente pare de fazer as coisas que nos deixam infelizes, loucos, tristes, com ódio de nós mesmos e neuróticos. Quando pararmos de nos maltratar dessa maneira, o amor entrará em nossas vidas e o processo de cura irá começar.

Você nunca pode amar alguém com prejuízo para essa pessoa. Isso não é amor, é posse, controle, medo, ou uma combinação de tudo isso. Sim, nós nos
comprometemos. Sim, nós temos responsabilidades. Sim, queremos manter as pessoas que amamos junto de nós. Entretanto, quando amar alguém está nos machucando ou colocando nossa própria vida em risco, devemos aprender a renunciar. Se não estivermos dispostos a renunciar, se insistirmos em nos debater em nome do amor, o amor nos deixará debatendo.

Quanto mais amor dermos, mais amor iremos receber. Nem sempre parece ser assim, mas é a mais absoluta verdade. Pode ser que você não o receba daqueles para quem você dá — mas saiba, tenha certeza de que você irá receber amor. O amor sempre volta para aqueles que o dão livre e corajosamente, sem condições ou expectativas.

Quando somos dignos de ser amados, não é preciso fazer nada. Apenas ser.
O caminho para esta percepção é o desapego. Desapegue-se de todas as condições que você se impôs. Não há nada que você tenha que fazer. Não há
nada que você tenha que ser. Qualquer coisa que você ache que tenha que ser, fazer ou ter para merecer o amor é como um círculo de sujeira na
banheira - deve ser removido.

Ela estava procurando um homem decente com quem pudesse ocupar seu tempo até que o homem certo aparecesse. Joan ainda tinha que entender que, quando você está se agarrando à coisa errada, a coisa certa não acontece!

Quando você conta uma mentira atrás da outra, quando você dissimula ou esconde, quando faz com a outra pessoa exatamente o que não gostaria que fizessem com você, não está em busca do amor. Está mexendo com seu lixo mental e emocional!

O segredo é lembrar-se que ninguém pode nos dar o que não podemos dar a nós mesmos.

Tudo deve acontecer de forma invisível antes de se tornar visível.

Encontrar a si e encontrar amores exige trabalho – e devemos estar dispostos a trabalhar de maneira paciente e responsável. Se estão magoados, que detergente devem usar? Se estão ficando impacientes, lembrem-se do quanto já caminharam, do quanto já se curaram. Nesse meio-tempo, lembrem-se sempre de que vocês estão subindo os degraus da casa do amor. Saibam que estão sendo guiados e que as pessoas ou as informações de que precisam estão a apenas uma oração de distância.

O valor e o mérito que você se dá irão determinar as pessoas que irá atrair.

Acredito firmemente que, quando estamos prontos, o amor nos encontrará. O amor-próprio, a auto-estima e a autoconfiança que você desenvolveu irão magnetizar a sua alma e atrair pessoas semelhantes. Por outro lado, percebo que é muito fácil para um ímã atrair pedaços de metal ou coisas muito bem disfarçadas de prata e ouro. Não se preocupe! Você possui critérios. Você está com as idéias claras. Irá reconhecer facilmente as coisas que não são puras ou sólidas. Esta é sua recompensa por tudo o que passou durante essa viagem. Adquiriu habilidades e perícia que irão se manifestar quando você precisar. O segredo aqui é não se convencer de que você pode transformar pedaços de zinco em platina! Dizer que uma coisa é outra é um comportamento antigo. Você se curou dessa doença.

Procure um ambiente amoroso, acalentador, mesmo que não seja muito animado. Um aviso: não vá a esses lugares procurando por amor – vá para se divertir. Vá aos lugares e faça as coisas pelo simples prazer de fazê-las. Divertir-se é uma forma excelente de distribuir o seu produto. Quando você está em busca de diversão, a alegria vem ao seu encontro. Quando não está procurando apenas maneiras de afastar a solidão, as experiências prazerosas ocupam sua mente. Quando você elimina a essência do desespero que vem ofuscando sua aura, irá encontrar várias atividades agradáveis e alegres com as quais ocupar seu tempo.

Outro aspecto fundamental da promoção é saber como você irá alcançar aqueles que deseja atrair para o seu produto. Não estou falando dos lugares que você freqüenta, mas de quem você é, como se sente e o que está pensando. Exercícios de esclarecimento, liberação e fortalecimento não só previnem a destruição da embalagem como melhoram sua apresentação. As pessoas sabem quando você está mal, sentem sua raiva ou frustração. As pessoas têm uma percepção sensorial que capta as vibrações de sua angústia emocional. Além disso, as pessoas estão fadadas a perceber os quilos se acumulando, o emaranhado do seu cabelo e os círculos escuros debaixo de seus olhos. Quando lhe falam isso, você se chateia. Entretanto, estão avisando que você não está tendo sucesso na promoção da embalagem e na propaganda.

Sarah fez tudo isso. Parou de procurar e de se desesperar por não ter um relacionamento e resolveu trabalhar um pouco em si mesma. Mudou de cidade. Trocou de emprego. Comprou uma casa. Passou a freqüentar uma igreja e tinha apenas um objetivo em mente — encontrar-se e dar um jeito em si mesma. É claro que queria ter um relacionamento. É claro que teve alguns namoros no meio-tempo. E é claro também que passou alguns dias e algumas noites sentindo-se sozinha, deprimida e questionando se havia ou não feito a coisa certa. Imaginando se algum dia acertaria. O que ela não fez foi parar de
trabalhar em si mesma, uma coisa de cada vez, um dia de cada vez. Ela não usou biscoito de chocolate como substituto para sexo. Não telefonou para seu ex tentando fazer com que ela ou ele ou os dois acreditassem que poderia dar certo. Um dia, todo o trabalho, todas as lágrimas finalmente deram resultado. Um cavalheiro pretendente mandou-lhe um bilhete do outro lado dos bancos da igreja. É isso mesmo! Ele passou o bilhete por uma fileira de mais de vinte pessoas. Deu seu nome e número de telefone, pedindo-lhe para ligar se quisesse sair para jantar. Ela levou duas semanas para responder. Ainda não se decepcionou.

Posso te contar um segredo? Todos nós temos o mesmo problema. Todos achamos que estamos separados uns dos outros. Também achamos que estamos separados de Deus. Enquanto estivermos dentro de corpos, acreditaremos que você está aí e eu estou aqui. Você tem suas questões aí e eu tenho as minhas aqui. Por causa de nossos corpos, não podemos ver a interação das almas. Nossas experiências foram variadas e diferentes, mas todos ouvimos as mesmas coisas, ditas por pessoas diferentes, de maneiras diferentes. Todos ouvimos: "Sou eu e você contra o mundo", "Somos nós ou eles" ou "Isso não tem nada a ver comigo". Essas afirmações são alguns dos detalhes ínfimos que reforçam a crença na separação. Entretanto, nossas almas sabem a verdade. As almas anseiam pela união, e é por isso que tentamos acertar as questões de relacionamento. Nos relacionamentos somos chamados pelas forças mais poderosas para nos unirmos, para aprendermos como nos tornar um.

Tenha cuidado com o que pede! Mais importante, tenha cuidado com o que pensa! Basta pensar que precisa mudar, para que as forças do universo ouçam seu pedido e coloquem a mudança em ação.

Eu era uma dessas pessoas que sempre dizem: "Nunca tenho sorte nos relacionamentos." Eu achava que todas as pessoas boas estavam casadas ou mortas! Fui criticada, evitada, desrespeitada e maltratada, sem entender o motivo. A culpa era dos outros. Eles eram maus. Eles eram malucos. Eles tinham um problema comigo por alguma razão desconhecida. Eu me contentava em apenas ir avançando, desviando dos golpes, tentando sorrir a despeito de tudo. Até que um dia um amigo me disse: "Não existe nada no seu mundo, na sua experiência, além de você e de Deus. Se não é trabalho de Deus, é seu!"

A confiança é o que vai tornar a sua estada no terceiro andar agradável e significativa. Esperemos que você tenha realmente aprendido a confiar em si, em Deus, nas outras pessoas e no processo da vida. Como resultado, quer esteja ou não em um relacionamento, irá se sentir muitíssimo bem. Quer tenha ou não dinheiro, sabe que irá conseguir. Você sabe que o pêndulo da vida balança para os dois lados e que, mais cedo ou mais tarde, irá — não, terá que balançar em sua direção. Nesse meio-tempo, você está seguindo, fazendo o que pode fazer, sentindo-se bem em saber que as coisas irão mudar para melhor. Essa é a experiência que chamo de Reme Seu Barco. Reme, reme, reme seu barco. Faça o que pode fazer. Suavemente, correnteza abaixo. Não se aborreça. Vivencie sua experiência. Não lute contra a correnteza. Feliz, feliz, feliz, feliz. Levante-se, mantenha-se em sintonia. Você sabe que pode mudar sua situação no momento que quiser. Quando quiser fazê-lo, juntará todas as
informações que acumulou em sua jornada pela casa do amor, e a mudança
será inevitável.

Você tem que andar mais um pouco. Fazer apenas mais um pouquinho de faxina. Mais importante, você tem total capacidade para reavaliar se ainda quer o que um dia pensou querer. Esses são todos comportamentos do terceiro andar — permitir que seus problemas venham à tona para que você possa fazer as mudanças necessárias, com amor.

Fomos sempre ensinados que nosso trabalho na vida é sair e encontrar o parceiro perfeito, quando na verdade nosso trabalho é encontrar a perfeição que existe em nós. Como eu não sabia o quanto era perfeita, tinha medo de que as pessoas me abandonassem. Achava que, se abrisse meu coração para elas, iriam pegar o que queriam e me abandonariam. Através das várias experiências que tive em todos os tipos de relacionamentos, aprendi que as pessoas não nos abandonam simplesmente. Têm que ter uma razão para nos abandonarem. Se não possuem uma razão válida, irão fabricar uma, só para poderem ir embora — para saírem do caminho do amor. Havia uma parte minha, uma parte de minha própria psique que dizia: Se você der às pessoas tudo o que elas querem, elas não irão abandoná-la como sua mãe fez!" Quando eu tentava fazer isso, tornava-me uma estúpida bajuladora de pessoas, evitando a dor do abandono. Fazia o que achava ser preciso para mantê-las a meu lado, perto de mim. Afinal, acabei irritando-as e elas me abandonaram de qualquer jeito. Eu achava que era amor. Os parceiros achavam que eu os estava sufocando. No final, acabei rejeitada ou abandonada. Eles conseguiram escapar das garras da minha carência inteligentemente disfarçada de amor.

Não existem garantias!
Não existe garantia de que, no final do dia, depois de todo o trabalho que teve, você vá conseguir um parceiro, ter um relacionamento ou salvar o relacionamento no qual se encontra. A questão a respeito do terceiro andar é
que essas preocupações não são mais fundamentais para você. Ter um relacionamento ou estar apaixonado não é mais um aspecto fundamental na
sua vida. Isso não significa que você não queria ter um relacionamento. Quer
dizer que não irá mais perder noites de sono por não ter um. O que é fundamental para você no terceiro andar é curar-se para poder servir e dar
apoio a quantas pessoas puder, de todas as maneiras que puder. Você
mudou da atração física do porão, carente, pegajosa, "tenho que ter você,
meu bem", para "o amor está presente o tempo todo". Amor é o que eu sou.
Amor é o que eu dou. Amor é o que eu recebo. Você enxerga tudo como amor. Você vê o dinheiro como amor. No terceiro andar, você está aprendendo a lidar com todas as situações que surgirem, até que realmente encontre uma parceria que ajude você a crescer.

Eis um erro gigantesco que às vezes cometemos: achamos que podemos rezar e meditar durante tanto tempo e com tanta intensidade, que Deus irá mandar alguém para nos amar. Não podemos trabalhar para amar a nós mesmos, encontrar a nós mesmos com a única finalidade de encontrar e amar outra pessoa. Devemos fazê-lo para nosso próprio bem. Temos que amar, honrar e respeitar nós mesmos para nosso próprio bem — sem nenhuma outra condição. É só no terceiro andar que isso faz sentido. Nos andares inferiores ainda estávamos lidando com muitas questões. Agora, estamos prontos. Prontos para fazer a mudança do amor condicional para o amor incondicional. Agora, estamos prontos para ficar em nossa própria companhia, em vez de sozinhos.

Passamos por um processo de meio-tempo no qual nos tornamos autoconscientes e capazes de fazer os desvios e as mudanças necessárias para a transformação espiritual. Não estamos mais à procura apenas de satisfação física, emocional ou sexual. Desejamos a verdadeira e total experiência do amor. Se é isso o que estamos procurando, é isso que iremos conseguir.

Nunca é demais repetir: o meio-tempo é o momento e a oportunidade de construir um relacionamento melhor com nós mesmos. É um processo de
auto-reflexão e autoconsciência em que temos que trabalhar se quisermos
ver resultados. O meio-tempo é a oportunidade que temos de aprender a
reconhecer todos os relacionamentos e experiências como meios de cura
espiritual e transformação. Em todas as circunstâncias, temos que continuar aprendendo a amar a nós mesmos. O amor tem uma tal força, que, se nos engajarmos no processo de amor-próprio, iremos avançar na direção que desejamos.

O sótão da casa da vida é como a consciência das crianças, que vivem totalmente confiantes, aceitando a si mesmas e aos outros. As crianças não sabem o que está errado até que outra pessoa lhes diga. As crianças não sabem que as pessoas são feias até que ouvem a versão de alguém sobre o que é feio. No sótão da casa da vida há um coração infantil através do qual todas as coisas são boas, mesmo depois de lhe terem dito que não são. É aqui, no sótão da casa do amor, que vemos, sentimos e aprendemos a reconhecer a presença de Deus em nossas almas e em todas as outras almas.

Pense amor. Veja amor. Invoque o amor no sótão da vida. Você está em boa companhia, tem muito apoio e proteção. É aí que mora Jesus. É aí que mora Buda. É aí que moram Krishna e os arcanjos Miguel, Ariel, Uriel e Gabriel. É aí que moram as sábias avós, as enfermeiras e aqueles que curam. Este é o reino do Espírito. É a mais alta faculdade de sua mente. Quando você ultrapassa todas as suas questões humanas e chega a este nível de consciência, está em companhia dos mestres. Você se tornou a luz do mundo. Eu peço calorosamente que você faça tudo o que estiver em seu poder para deixar sua luz brilhar.

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3 comentários:

celiucho disse...

muito bom, realmente é por ai, como já disseram você não deve procurar alguem que lhe complete, você deve estar completo e procurar alguem que lhe transborde...

ines disse...

Viver é estar presente, o passado deve ser esquecido quando este lhe trouxer tristeza. Estamos sempre pensando e nem sempre é bom os nossos pensamentos, sendo assim vivenciamos tudo com muita intensidade e o que se foi tornasse muito mais real do que já era.
Compreender e aceitar os fatos e a realidade é complicado devido a nossa complexidade em relação aos nossos sentimentos (desejos), a vida deveria ser bem mais simples se soubéssemos canalizar o presente momento com tranquilidade e procurar o equilíbrio emocional a tudo que formos fazer.O amor o sentimento chave para todo o mal, mas nao conseguimos traduzi-los da forma correta, pois quando se ama nao quer perder esse amor, achando que irá fugir do seu controle, erroneamente fazemos isso, o que nos torna escravos desse falso amor. O amor deve libertar, deve ser sempre um sentimento alegre e otimista perante a vida e diante dos fatos sejam eles tristes ou alegres.
Tom, gostei muito do texto e sempre que posso ler releio mais uma vez para compreender melhor o que o autor do texto tem a nos ensinar, e sempre aprendemos um pouco mais a todo momento de nossa vida, esses pequenos sinais que a vida nos oferece e devemos agradece-lo por isso.
Então obrigada mais uma vez.

Conceição disse...

Maravilhoso!

Obrigada, Deus abençoe.